Dado da OMS indicam que cerca de 16% das vítimas do trânsito na América Latina tinham consumido bebida.
Dirigir após o consumo de álcool é infração gravíssima, com multa no valor de R$ 2.934,70 e suspensão do direito de dirigir por um ano, segundo o Código de Trânsito Brasileiro. Caso o motorista seja flagrado novamente na infração em um período de até 12 meses, o valor da multa é em dobro. A recusa em realizar o teste do etilômetro também é considerada infração com as mesmas penalidades. Entretanto, essa penalidades não impedem que a mistura de direção, álcool e drogas continue ocorrendo nas estradas brasileiras.
Considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma doença, a dependência em drogas lícitas ou ilícitas é um problema que deve ser constantemente debatido por repercutir em alarmantes estatísticas também no trânsito. “Mesmo com tantas campanhas e acesso à informação, os dados relativos aos acidentes no trânsito ocasionados por uso de drogas e álcool seguem muito elevados e nos causa imensa preocupação. Isso só reforça a necessidade e a importância do poder público investir ainda mais em conscientização e educação no trânsito”, conta o presidente da Associação dos Revendedores de Veículos do Estado de Minas Gerais (Assovemg) Glenio Junior.
Segundo pesquisa desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com o Hospital Universitário de Oslo na Noruega, 31,4% das pessoas internadas por traumas e acidentes no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina apresentavam consumo de substâncias psicoativas. Deste número 23% foram resultado do consumo de álcool.
A necessidade de implementação de testes para drogas ilícitas também é um dos fatores importantes para redução desses dados já que, segundo o mesmo estudo, 21% dos motoristas acidentados testaram positivo para álcool, 11% para cocaína e 6% para maconha e a fiscalização brasileira costuma se concentrar no consumo de bebidas alcoólicas.
Segundo Glenio, é preciso que toda sociedade se envolva e busque soluções em conjunto. “É de suma importância que iniciativa privada e associações participem de campanhas que busquem minimizar esse triste cenário. A Assovemg apoia essas iniciativas e é signatária do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Transito (PNATRANS) a convite da diretoria do Detran-MG”, conta. (Fonte: Bené Mais e Redação)